Aquele negócio do qual a gente sempre tenta fugir, sabe-se lá porque, mas nunca consegue... Por culpa ou seja lá o que for, a despedida é inevitável quando vai se passar 6 meses longe da família e amigos.
Mas ainda assim eu fico me perguntando quem foi que inventou esse troço que só serve pra nos fazer sofrer e chorar...
Se bem que, o que me incomoda em despedidas é justamente o sofrimento. Fico me perguntando: pra que?
Se o motivo da minha viagem é justamente buscar o meu crescimento, não temos por que sofrer tanto com isso... estou feliz em estar aqui, apesar da distancia da minha família, amigos e cachorros... tenho tido dificuldades em entender um pouco o inglês que eles falam, é tudo muito rápido e meu vocabulário é bem limitado, mas minha "home stay" é bem paciente comigo e daqui a pouco estarei craque! :)
A viagem pra cá foi bem tranquila e o serviço de bordo de São Paulo para Toronto foi quase uma prévia da comida que eu comerei aqui... O primeiro jantar foi frango com arroz e abobrinha e tomate com azeite em ua vasilhinha separada. Junto com os talheres, vieram dois sachês: um de sal e o outro de pimenta. Como as comissárias desse voo não falavam português, não consegui entender qual era a segunda opção. No segundo jantar, já em céu canadense, consegui entender as duas opções de prato: panquecas e omelete. Escolhi o omelete, que veio com molho, champinhons e batatas coradas. O omelete estava muito fermentado, mas deu pra sentir o gosto do ovo e as batatas estavam deliciosas. Novamente, junto com os talheres, sal e pimenta. No voo, fiz amizade com uma brasileira, Erika, que vai estudar em Toronto e, como o inglês dela era um pouco melhor que o meu, ela me explicava algumas coisas que eu não entendia.
Quando finalmente consegui embarcar, começou a nevar muito forte e isso acabou atrasando um pouco o voo, mas ate que não achei tão ruim assim, pois fiquei olhando como é lindo cair neve do céu... espero que eu consiga ter contato com ela logo. Decolamos de Toronto uns 30 minutos depois do previsto e eu, que estava morrendo de fome, achei que o serviço de bordo também seria gratuito, já que era a mesma companhia aérea, mas dessa vez tínhamos que pagar pelo que quiséssemos comer - a bebida era cortesia. Escolhi um sanduíche de CA$5,00 - o mais barato - e paguei com o cartão do Travelling Money. Me arrependi de não ter comido no aeroporto esperando comida de graça... hahahaha...
Depois de um voo que 5 horas, com céu aberto e muitas belezas naturais lá embaixo, finalmente conseguimos pousar em Vancouver. Pousar em Vancouver é um pouco como pousar no Rio, parece que vamos pousar dentro da água, mas é um pouco mais bonito pousar aqui. Não tinha sol, mas o dia estava claro. Já no aeroporto, peguei minhas malas e fui procurar uma casa de câmbio, pedindo informações à várias pessoas. Todos foram muito pacientes e consegui compreender o que falavam... me virei bem. Depois de trocar o dinheiro, consegui pegar o taxi - custou CAN$40,00 - e chegar em casa. Pude ver um pouco da cidade e do transito da cidade, é tudo muito bonito e os motoristas muito educados. O taxista até deu seta para entrar na minha rua. O transito parece funcionar aqui. As casas parecem casas de filmes, uma é mais bonita que a outra. É tudo apaixonante.
Minha homestay é muito simpática, atenciosa e generosa. Ela é falante e muito bem humorada, ficou apaixonada com a lembrancinha que minha mãe fez para eu trazer pra ela. A casa é bem aconchegante e meu quarto tem espaço suficiente para guardar todas as minhas coisas... ainda estou com dificuldade em entender algumas coisas que ela fala, mas ela está me ajudando bastante. Assim que cheguei, fui tomar um banho, enquanto ela preparava o almoço. O almoço foi frango ao molho de pimentão - eca! rs - e arroz branco. O molho estava muito, muito, muito apimentado. Não comi o pimentão e nem os pedaços de pimenta e cebola que tinham no molho, mas comi o arroz e o frango, e o frango estava realmente ardendo a alma. A pimenta é o tempero preferido dos canadenses! Morri! Hahaha... Durante o almoço, conheci os outros dois estudantes que moram aqui, um é coreano e o outro eu não entendi de onde é, mas fala um pouco de português. Depois do almoço, lavei o meu prato e o prato da Angie - a minha mãe do intercambio. A água que sai da torneira é muito gelada, quase congelante.
Depois do almoço/jantar, fiquei no quarto praticamente o tempo todo e por volta das 17 horas começou a escurecer... com isso, o cansaço foi tomando conta do meu corpo e consegui ficar acordada até às oito pm - por volta de 2 horas da manhã no Brasil. Dormi ouvindo o mp3 do meu "curso" de inglês...
Hoje eu acordei às 7:30 da manhã e não consegui dormir mais. Também pudera, dormi durante quase 12 horas seguidas. Quando eu acordei, ainda estava um pouco escuro aqui e estava chovendo muito. Fiquei arrumando as últimas coisas pelo meu quarto e tive uma surpresa: a Angie recebeu a visita de sua netinha, uma garotinha de uns 4 anos, tão falante quanto a avó. Ela é uma fofa! E eu, que já tenho dificuldade em entender o que crianças pequenas falam, em inglês que não entendo quase nada mesmo... rs Tomamos o Breakfast juntas. No café da manhã comi maça, laranja e orange red, uma laranja vermelha que tem o gosto da laranja comum. Também comi ovo frito com pão de forma e leite com achocolatado. Tinha também iogurte e cereal, mas acabei não comendo.
Bom, por enquanto estou gostando muito, apesar das minhas dificuldades com o idioma e de ainda não estar à vontade em casa, mas daqui a pouco eu fico abusada de novo... rs... é bom ter uma criança em casa, ela é uma fofa!
Beijos no coração e muita saudade...
Eu não suporto mais olhar pra comida de avião, amiga. Ou melhor, da TAM rs. Seria bom viajar em outra cia para poder diversificar um pouco. Agora, que absurdo ter que pagar pra comer dentro do avião, choquei :o
ResponderExcluirAgora me conta... os estudantes que moram aí são gatinhos? kkkkkkkkkkkkk Preciso saber TUDO!
Eu estaria ferrada com essa comida apimentada, não suporto!
Bjs,
Kel
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