sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Adeus Ano Velho...


Hoje é o penúltimo dia do ano e muito se fala sobre retrospectivas e expectativas pessoais... a maioria das pessoas fazem um balanço do que foi bom, do que foi ruim e de como querem que seja o próximo ano, sem se lembrarem que todo ano é assim e que todo ano eles fazem mil promessas que não são coladas em prática.
Normal! Afinal, tudo é muito mais difícil na prática. Difícil, não impossível!
Acontece que 90% das promessas de ano novo são situações sobre as quais não temos poder de realizar ou pelo menos, não dependem somente de nós...
É claro que todos querem paz no coração, um amor que nos faça feliz, levar um vida muito mais saudável... tudo bem, nada disso é impossível. Mas infelizmente, nem sempre podemos alcançar objetivos pensando somente em nós mesmos.
O primeiro passo para um ano verdadeiramente novo está em nós, sim, eu concordo: devemos querer mudar. Mas vale lembrar, não se chega em lugar nenhum com um único passo. Assim como o ano, que possui 365 dias, temos que caminhar por um caminho que nos leve aos acertos, mas sem desprezar os erros e as pessoas que passam por nós.

Para mim, 2011 foi um ano transformardor: novos amigos, novas perspectivas, novas ideias e, acho que o mais importante, ATITUDES mais maduras em todos os setores.
Muitos valores bobos ficaram pra trás. Muitas pessoas e conversas fizeram a diferença. Minhas consultas na psicóloga esse ano foram muito produtivas e acho que finalmente dei um basta na depressão. Maturidade. 2011 foi um ano maduro: atitudes pensadas e responsáveis, sem abrir mão da diversão e da companhia dos grandes amigos.
Tive perdas que me fizeram chorar, brigas que me deixaram com raiva e motivos para mudar de estrada. Alguns dizem até que abri mão de um sonho... mas aprendi a enxugar as lágrimas, esquecer a mágoa e mudar o passo. Pra mim, minha vida nunca esteve tão bem e não tropeço mais em qualquer pedrinha: aprendi a escalar as montanhas que a vida coloca em meu caminho.

Nesse novo ano, quero que tudo seja contínuo. Mais amor, mais liberdade, mais maturidade, mais amigos, mais ideias, mais responsabilidade, mais trabalho e muito mais diversão. Quero que 2012 seja, literalmente, a continuação de tudo que me aconteceu em 2011. Não precisa vir nada novo, a não ser que seja para melhorar o que já está bom... Se eu tiver que chorar, que seja de alegria. Se tiver que brigar, que seja por uma causa justa. Se tiver que criar laços, que seja com pessoas do bem. Confio no que Deus está guardando pra mim e sei que esse ano serei ainda mais feliz...

Feliz Ano Novo para todos nós...

sábado, 3 de dezembro de 2011

Saudade Dói

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua,
dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.

Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade de um filho que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.

Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor,
Ou quando alguém ou algo não deixa que esse amor siga,
Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada;
se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial;
se ela aprendeu a estacionar entre dois carros;
se ele continua preferindo Malzebier;
se ela continua preferindo suco;
se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados;
se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor;
se ele continua cantando tão bem;
se ela continua detestando o MC Donald's;
se ele continua amando;
se ela continua a chorar até nas comédias.

Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;
não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer;

Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você,
provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...