quarta-feira, 4 de maio de 2011

A primeira grande dor de 2011...


Eu não compreendo muito bem certas coisas...
Acordei estranha hoje, mas ciente das minhas obrigações e por isso mesmo, cumpri todas elas. Mas não fui fazer a minha prova, porque sabia que não estava preparada.

É uma pena que no futebol as coisas não sejam tão fáceis assim.

Eu passei o dia relativamente bem, mas por volta das 19 horas comecei a me sentir estranha... seria isso uma espécie de premonição? Não sei... mas eu confesso que não consegui me empolgar 1 minuto sequer durante o jogo...
Eu sou do tipo de que defende os jogadores até o último segundo de jogo, mas sei reconhecer quando eles merecem. E faz tempo que o Fred não vem merecendo nada dessa torcida guerreira e apaixonada do Fluminense.
Mesmo assim, o Enderson insiste em tirar o Rafael Moura, que pode até ser menos habilidoso, mas nitidamente está em melhor fase que o Fred. Mesmo assim, nosso interino insiste em cometer os mesmos erros em jogos decisivos... Foi assim na semi-final do carioca e foi assim hoje. Se Rafael Moura teria impedido essa derrota, eu não sei. Mas não dá pra continuar cometendo os mesmos erros...

Desde o início eu falei que era contra ficarmos sem um técnico, estávamos disputando o título da tão sonhada Libertadores afinal, aquele título que estava engasgado desde 2008 e agora, mais do nunca, dói. Mas hoje não dá pra culpar só o Enderson. O time estava apático, não entrou em campo. Berna foi quem mais trabalhou - conseqüência de um jogo que parecia só acontecer no nosso campo de defesa -, fez boas defesas, mas não adianta, uma hora aquela bola ía entrar, e depois que entra a primeira vez... já era! O time do Fluminense estava sem estrutura, errando todos os passes, completamente perdido... Edinho defendia sua área com chutões que acabavam servindo de passe para o time paraguaio. Diguinho distribuía faltas. Mariano, o "menino da seleção", fez apenas 1 boa jogada durante os 96 minutos de jogo. Conca, sempre muito marcado, pouco apareceu. Fred perdeu aquela que foi uma das poucas chances claras de gol... poucas? Melhor dizer, raras. Aonde fora parar aquele Time de Guerreiros, meu Deus?

Mas essa história teve um personagem que poderia ter mudado o destino do jogo - ou não! Quem vai saber? O fraquíssimo ábitro Roberto Silveira! Sim, ele. E isso não é choro de derrotado, porque já reconheci que o Fluminense não entrou em campo nessa triste noite de maio. É apenas a constatação de que um lance marcado errado pode mudar a história de todo um jogo.

Falo da violenta falta cometida em Conca, logo no início do jogo. Falta que rendeu ao jogador paraguaio um leve cartão amarelo. Vale lembrar: foi falta pra cartão vermelho. Se o Fluminense resolveria entrar em campo quando o time paraguaio tivesse um jogador a menos, nunca vamos saber. Mas não custa lembrar: a arbitragem errou!
Teve ainda a cotovelada em Fred, o cartão amarelo para Berna - injusto, na minha opinião - e a expulsão de Mariano no final do jogo. Aí você vai me dizer que o Mariano fez sim uma falta para cartão vermelho, e eu não chego a discordar. Mas a arbitragem tem o dever de ser coerente. Por que então, aquela falta lá no início do jogo, falta muito mais dura, diga-se, em cima do Conca, não foi para cartão vermelho também? BINGO!

O árbitro mexeu com o psicológico dos jogadores do Fluminense, que acabaram fazendo o jogo que os paraguaios queriam, o jogo que os paraguaios gostaram, um jogo que a nossa torcida não queria ver e que nada tinha a ver com o jogo de um time de guerreiros.

Vai ver, não era pra ser!

Pode parecer frieza - sejamos práticos, certo?! - mas não dá pra ficar remoendo essa eliminação. Daqui a pouco começa o Brasileirão e o Fluminense precisa se reorganizar, precisa levantar a cabeça e trazer de volta nossos guerreiros! Não há tempo pra crises!

Aos torcedores, não existe consolo. Dói mesmo. Alguns sentem raiva, alguns choram, outros guardam essa mágoa pra si.
Eu resolvi escrever. Escrever pra jogar pra fora a minha dor e tentar olhar pra frente... porque nunca é demais lembrar: a nossa certeza é que nunca vamos te abandonar!


"Eu canto NENSE quando o time vai bem...
Eu canto NENSE quando o time vai mal..."


"NAS BOAS, TE APOIO. NAS MÁS, TE AMO!"


E que assim seja...

Um comentário:

  1. Olá, Liv!

    Não vi esse jogo, então não posso comentar esses lances de arbitragem, mas não custa lembrar que o presidente da Conmebol, Nicolás Léoz, é torcedor do Libertad :).

    E, olha, como eu disse no meu post, torcida de time brasileiro mais ajuda do que atrapalha, e a do Fluminense não é exceção. Tem seus momentos de exceção, claro, mas o time consegue uma classificação absurdamente heróica contra o Argentinos Jrs. e no jogo seguinte, contra o Libertad, se ouvia vaias aos jogadores, ao Berna (que só voltou a ser titular porque a torcida vaiava o Cavalieri)...

    Nunca vou entender como alguém sai de casa, pra um jogo de Libertadores, o torneio dos sonhos de qualquer torcedor brasileiro, pra vaiar o próprio time, nunca.


    Beijos!

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