domingo, 1 de maio de 2011

Saudade...

O telefone tocou de madrugada. Ela ainda estava acordada. Levantou correndo, achando que era ele. Atendeu, não era. Era uma amigo dos tempos da faculdade, tentou não estender a conversa. Foi dormir, pensando aonde e com quem ele estaria naquele momento... e por que ele não dava notícias?
A semana passara corrida: muitos problemas ocuparam sua cabeça, muitas coisas para serem resolvidas em tão poucos dias... ainda assim, ela pensara - muito! - nele!
Pensava em quanto tempo ele não aparecia, não dava notícias... contava as horas para um novo encontro às escondidas... De alguma forma - que ela preferia não explicar - isso a excitava também. Já sofrera demais por não ter seu amor correspondido. Agora, tentava ser prática: "quero viver e ser feliz!", ela dizia. Era ruim não poder expressar a vontade de encontra-lo, era ruim depender dos desejos dele... mas se servia de consolo, ela sabia que ele sempre voltaria!
Ela sabia que o que ele sentia era mais que só tesão. A paixão dos dois era avassaladora, louca, escravizava ambos e não admitia o fim. Existia também um carinho incondicional entre o casal, um carinho que superava aquele amor que era só dela. Era esse carinho que equilibrava essa paixão dependente e enlouquecedora... Ela se satisfazia com ele, não precisava de mais nada, mais ninguém. Lamentava que seu amor não fosse recíproco, acreditava na relação... mas tentava não sofrer e aproveitar os momentos juntos. Decidira não mais questionar... queria apenas viver e amar. E seu amor era tão grandioso, que bastava pelos dois.

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