segunda-feira, 9 de maio de 2011

Insônia...

Deitara cedo para assistir o filme que passava na tv, filminho água com açúcar, que tinha a intenção de fazer rir, mas não chegava muito perto desse objetivo. Mas para ela, o que importava naquele momento, era estar deitada às 23 horas, sabendo que logo o sono viria... O filme acabou, resolvera passear pelos canais pra ver se alguma interessava... nada! Olhou o celular... já estava tarde. Desligou a tv e virou-se para dormir...
Rolou de um lado, rolou de outro, arrumou o lençol, mudou o travesseiro de posição... nada! Os pensamentos ocupavam sua cabeça com coisas que ela deveria fazer no dia seguinte, coisas que havia feito no dia que passara e coisas que havia feito lá no início do ano...
Algumas decisões tomadas no passado ocupavam sua mente, novamente. Acontecimentos dos quais ela não deveria mais se lembrar, muito menos à essa altura da madrugada, faziam parte de uma noite de lembranças. Atitudes que deveria tomar para transformar sonhos em realidade, tiravam novamente o seu sono.
Chorou... Chorou muito. Chorou até ficar com dor de cabeça. Tomara um calmante para tentar ajudar o sono... tomara outro um tempo depois. Não gostava de se entorpecer de remédios para conseguir dormir, mas queria acordar cedo no dia seguinte, precisava colocar seus planos em prática. Queria reverter esse quadro.
Ouviu barulho de chuva no telhado dos vizinhos... virou pro lado, apagou tudo e pensou nele. Pensou que gostaria que ele estivesse ali. Pensou que gostaria de não pensar nele. Pensou que gostaria que tudo fosse diferente... e lembrou-se de dormir.
Dormiu como um anjo, abraçada em seu bichinho de pelúcia, entorpecida por calmantes fitoterápicos...

Um comentário:

  1. Hey :)


    Bom, não terei a ousadia e presunção de achar que te entendo após ler o post, creio que eles sejam mais pra você do que para os outros. Mas chorar, à despeito de inchar nossa cara quando fazemos isso antes de dormir :), é sempre bom, por mais clichê que seja.

    Entro em pânico quando penso em algo acontecer com minha cachorrinha de 16 anos, e choro compulsivamente. Mas nessa hora a gente reflete, e a conclusão que chego é sempre a mesma: sentir falta, sentir saudades é normal, mas nunca se culpar, de achar que poderia ter feito algo a mais pra evitar o inevitável.

    Não faço ideia se isso se encaixa em algo com a ideia do post, mas fale pra garota descrita no texto pra ela não se martirizar com o passado :). Apenas sinta saudades, a boa saudade, sem culpa.


    Beijos!

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