sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Snowing...

Gente,
Hoje nevou em Vancouver, pela primeira vez desde que cheguei, e mesmo que de dentro da sala, fiquei emocionada. É lindo! Nevou bem pouquinho e quase não conseguimos prestar atenção na aula enquanto nevava... mas depois parou e tudo voltou a ser aquela chuva chata de todo dia...
Mas para a minha surpresa, quando desci do Skytrain na Nanaimo, o telhado e os jardins das casas estavam brancos. Fiquei com os olhos cheios de lágrima, tamanha emoção de ver a neve de perto pela primeira vez... corri pra começar a fotografar tudo: to pior que criança! Hahahahahahaha...
Depois que entrei no ônibus, fiquei olhando pela janela e estava tudo branquinho, branquinho, "white boy", simplesmente lindo... claro que tive que tirar foto na neve! Mas o mais engraçado é que quando desci do ônibus eu quase escorreguei e caí: a cabeçuda aqui não sabia que neve escorrega, claro! Foi engraçado, mas ainda bem que não caí... hahahahahaha...
É uma coisa boba, sem graça, escorregadia e molhada, mas eu to apaixonada por neve!
Beijos gelados no coração quente... =)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Deslumbradíssima... =)

Hi people...

Dei uma sumida do blog, mas é porque a rotina aqui é como a daí, por isso preferi deixar as novidades se acumularem...

As aulas na escola são bem bacanas, o professor é super engraçado e o entrosamento com a turma está bacana, mas acho que as amizades que ficaram mesmo foram aquelas que fiz no primeiro dia de aula. No geral, o professor fala devagar e quando não entendemos, ele sempre procura uma outra forma pra explicar o que quer, até entendermos. Às vezes ele desenha, mostra imagens ou até mesmo nos leva pra fora da sala (ou da escola). O método de ensino é interessante e tem funcionado bem... Vibro comigo mesma a cada nova palavra que consigo entender da boca de um canadense - ou morador daqui - e a cada nova questão que consigo responder sem consultar o google translate. Na sexta-feira eu até consegui comprar um celular pré-pago sozinha! Vitória!!!

 Eu ainda fico deslumbrada com a beleza dessa cidade, a cada dia em que acordo e vejo tudo o que já vi no dia anterior ou a cada vez que conheço um novo lugar...

Os preços aqui também me impressionam demais... apesar de dizerem - os próprios moradores - que Vancouver é uma cidade cara, eu tenho achado muitas coisas baratas por aqui... roupas e sapatos, nem tanto. Mas cosméticos, farmácia, chocolate e maquiagem, é assustadora a diferença de preço. Meu protetor labial da Nivea, por exemplo, no Brasil eu compro por (no mínimo) R$9,00 (o equivalente a aproximadamente CAN$4,50), aqui eu encontrei por CAN$1,25 (menos de R$0,75). Um hidratante facial, também da Nivea, que no Brasil custa mais de R$50,00, eu comprei aqui por CAN$6,00. São diferenças gritantes mesmo, que se tornaram um exercício diário de auto-controle (financeiro e emocional, rs).

Hoje fiz meu primeiro passeio com o pessoal da escola: "Ice Skating". Isso mesmo, fomos patinar no gelo e eu amei. Mesmo com pistas de patinação no gelo no Brasil, eu nunca tinha ido (também porque por lá isso é muito caro...) e achei muito mais bacana do que patinar no chão. É bem verdade que fazia anos que eu não patinava, mas os exercícios de equilíbrio que eu fazia no circo foram bem úteis também pro Skating... =)

Fora isso, a maioria dos meus passeios por aqui tem sido "forever alone"... saio pra caminhar quando chego cedo em casa, sempre por aqui mesmo, e caminhei também no final de semana, apesar da chuva. Aliás, chuva é o grande inconveniente de Vancouver: aqui chove todo dia! No sábado conheci um park próximo à minha casa e apesar do chão molhado, eu curti bastante.

A comida brasileira - mais precisamente a da minha mãe, rs - é que continua me fazendo falta, mas acho que será bom, pelo menos assim eu não como e emagreço - assim espero! Hahaha... Hoje comi um pedaço de pizza daqui e apesar de ser até gostosa, não é como eu gosto: pizza aqui é muito massuda!

Ontem fiz minha primeiro prova e valendo 40, tirei 38. Acertei todas as questões, mas perdi pontos em alguns detalhes de gramática. Fiquei feliz...

Também ontem, pela primeira vez, chorei de saudade... obvio que me sinto sozinha aqui e às vezes dói mesmo... ontem a dor escorreu pelos olhos... mas continuo aqui: firme e forte! E com muita saudade dos meus quatro F's: Family, Friends, food e Fluminense!

See you...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Primeiros dias... com direito aos primeiros micos!

Hi people!!!
How are you?

Hoje foi meu terceiro dia de aula e meu quinto dia em Vancouver e já tenho algumas curiosidades guardadas pra contar. Eu tenho sentido vontade de passar mais por aqui, mas confesso que às vezes fico cansada de ficar no computador, porque chego em casa e corro pra tentar encontrar meu pai on line (porque sei que agora ele deixa o pc ligado pra ver se eu apareço no Skype e ele costuma dormir cedo).
Meu inglês ainda não está afiado e tenho tido muita, muita, muita dificuldade em entender o que as pessoas falam. Eu me viro com o que está escrito e nem tenho vergonha de falar - embora às vezes eu esqueça a palavra que preciso usar -, mas sinceramente, entender o que as pessoas falam é minha maior dificuldade. Na minha escola tem muitos brasileiros, japoneses, coreanos, chineses e árabes e no primeiro dia acabei fazendo amizade com um casal do Rio, uma moça de São Paulo e uma japonesa de Tókio. Quando estamos todos juntos, falamos em inglês, até porque a japonesa não entende português e não é legal deixa-la boiando, mas às vezes acabamos falando em português mesmo, talvez por saudade ou talvez porque meu vocabulário é muito limitado - e isso tem me atrapalhado bastante. De nós cinco, eu fui a única a ficar na turma A1, ou seja, o nível mais básico de inglês. Na escola, é proibido falar português, correndo o risco de tomar advertências e até mesmo sermos expulsos!
Em casa, a minha "mãe" é muito prestativa e faz de tudo pra me agradar. Ela faz questão de fazer minha comida e sempre pergunta o que eu gosto ou não gosto de comer. Ela é uma pessoa muito agradável e me ajuda muito quando erro a gramática de uma frase ou quando não me lembro de uma palavra, falando bem devagar para que eu possa entender. Eu ainda não me sinto em casa aqui, embora ela me deixe bem a vontade. O problema é que fico sempre achando que posso estar atrapalhando ou incomodando... coisa da minha cabeça maluca.
No domingo, ela recebeu sua netinha em casa, uma garotinha fofa de 2 anos, e com sua neta aconteceu meu primeiro mico. Preparem o maxilar! Hahaha... Como eu já não sou boa pra entender o que criança diz, mesmo em português, e tenho tido muita dificuldade em entender os canadenses, juntou tudo e acabei fazendo besteira... hihihi... É o seguinte... estava eu tranquilamente no meu quarto, sentada no meu computador, quando a garotinha fofa abriu a minha porta e entrou com um pirulito bem esquisito que parece um cigarro colorido e gigante (pensem em um canudo de refrigerante). Ela estava segurando um grande e um outro, bem menor, e falou alguma coisa, me entregando o pequeno e colocando o grande na boca. Ora, eu achei que ela estivesse sendo gentil, e comecei a chupar o pirulito... kkkkkkkkkkk... mas a garotinha não saía do quarto por nada e ficava me olhando com uma carinha que não consegui decifrar... de repente, ela saiu do quarto reclamando de alguma coisa que eu, pra variar, não entendi... de repente chega a Angie (minha "mãe"), me explicando que, na verdade, a garotinha só queria que eu tirasse o plástico que estava em volta da  metade do pirulito... devo ter ficado roxa de vergonha e pedi desculpas mil vezes, mas a Angie até que achou engraçado. Ok. Fui boba e gulosa. Admito.
Também no domingo, saí para conhecer a minha escola e um pouco do Downtown (o centro de Vancouver) com o brasileiro que também mora aqui na minha HomeStay. Aprendi a chegar na escola, conheci a biblioteca - enooooooooorme - e alguns teatros. Tive certeza de que seria fácil chegar na escola.
Na segunda, fui pra aula tranquilamente, com um sol lindo dizendo "Welcome to Vancouver" pra mim. Cheguei na escola, entreguei a carta de aceitação e fui pra entrevista. Na hora da entrevista fiquei um pouco desesperada e tive vontade de chorar, a voz chegou a embargar, mas depois relaxei. Após a entrevista, fiz a prova de nivelamento e consegui responder com certeza as primeiras questões, mas esta prova é pior que concurso público, pois são 100 questões para serem respondidas em 40 minutos. Claro que o tem acabou e eu não completei nem 70... por isso, creio, acabei pegando a turma A1, o que eu nem achei ruim, pois tenho consciência do meu inglês. Depois da prova, assistimos a palestra de boas vindas e eles nos ofereceram pizza para dar as boas vindas, acho. Uma pizza massuda, que eu não gostei. Depois da pizza, ficamos 1 hora sem fazer nada, que é o horário do lunch (almoço) e foi nesse momento que me senti mais perdida, porque eu estava junto com os brasileiros, sem poder falar português, e eles conseguiam se comunicar em inglês, mas eu não. Mas eles me chamaram e no final, eu já estava conseguindo falar e entender o que eles falavam... Depois do Lunch, fomos com uma menina da escola fazer um tuor pela cidade e achei essa parte bem bacana... Depois do tuor, fomos liberados e fui dar uma volta no shopping com as meninas. Na hora de ir pra casa, veio meu segundo mico, porque me esqueci de anotar o nome da estação de metrô em que eu deveria descer e acabei descendo em várias estações diferentes antes de pedir informação a um funcionário do metrô e ele me explicar o que eu deveria fazer pra chegar em casa. O bom é que agora não me esqueço mais.
O segundo dia de aula foi quando conheci minha turma e, dei graças a Deus por ter poucos brasileiros (eu e mais dois paulistas). Os outros alunos são japoneses e árabes. O professor é muito bacana e eu estou conseguindo entender tudo ou quase tudo que ele fala, e quando não entendo, pergunto e ele explica de uma outra maneira para que eu possa entender. Ontem, terça, depois da aula fui até o ChinaTown com um árabe que também mora aqui na minha homestay (somos 3 estudantes aqui, cada um com seu quarto) e depois viemos pra casa. Conversei um pouco com meu pai pelo Skype e depois resolvi sair para procurar o WalMart. Foi uma caminhada gostosa, com direito a fotos da minha rua e a descoberta de uma academia.
A chegada ao WalMart foi onde começou meu deslumbramento: é tudo MUITO barato aqui. Dá vontade de levar o mercado inteiro pra casa...
O dia-a-dia na escola eu creio que vá melhorar de acordo com a melhora do meu inglês e por enquanto é isso que tenho pra contar... tenho conseguido me virar bem no inglês e hoje eu consegui pedir informações ate encontrar o selo para postar cartas ou cartões-postais. De certa forma, limitada, eu diria, estou conseguindo me comunicar e aumentar meu vocabulário... desde o início, eu sabia que não seria fácil e quando bate a vontade de chorar, eu respiro fundo, fecho os olhos e penso em coisas boas, pra não desperdiçar meu rímel, que não foi tão caro, mas será difícil encontrar dele aqui... =)
Estou muito apaixonada por essa cidade e pelo estilo de vida que levamos aqui. É tudo do jeito que sonhei - ou melhor!
Beijos no coração, com saudade e amor...
Liv

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Essa tal despedida...

Pronto, o inevitável aconteceu!
Aquele negócio do qual a gente sempre tenta fugir, sabe-se lá porque, mas nunca consegue... Por culpa ou seja lá o que for, a despedida é inevitável quando vai se passar 6 meses longe da família e amigos.
Mas ainda assim eu fico me perguntando quem foi que inventou esse troço que só serve pra nos fazer sofrer e chorar...
Se bem que, o que me incomoda em despedidas é justamente o sofrimento. Fico me perguntando: pra que?
Se o motivo da minha viagem é justamente buscar o meu crescimento, não temos por que sofrer tanto com isso... estou feliz em estar aqui, apesar da distancia da minha família, amigos e cachorros... tenho tido dificuldades em entender um pouco o inglês que eles falam, é tudo muito rápido e meu vocabulário é bem limitado, mas minha "home stay" é bem paciente comigo e daqui a pouco estarei craque! :)

A viagem pra cá foi bem tranquila e o serviço de bordo de São Paulo para Toronto foi quase uma prévia da comida que eu comerei aqui... O primeiro jantar foi frango com arroz e abobrinha e tomate com azeite em ua vasilhinha separada. Junto com os talheres, vieram dois sachês: um de sal e o outro de pimenta. Como as comissárias desse voo não falavam português, não consegui entender qual era a segunda opção. No segundo jantar, já em céu canadense, consegui entender as duas opções de prato: panquecas e omelete. Escolhi o omelete, que veio com molho, champinhons e batatas coradas. O omelete estava muito fermentado, mas deu pra sentir o gosto do ovo e as batatas estavam deliciosas. Novamente, junto com os talheres, sal e pimenta. No voo, fiz amizade com uma brasileira, Erika, que vai estudar em Toronto e, como o inglês dela era um pouco melhor que o meu, ela me explicava algumas coisas que eu não entendia.


Chegamos em Toronto e vimos a neve, de longe, mas o pátio do aeroporto estava completamente branco... muita neve. Ficamos emocionadas em ver neve pela primeira vez, parecíamos duas caipiras... mas estava muito lindo. Em Toronto estava um frio como eu realmente nunca vi - mas espero ver um dia. Porém, como não cheguei a sair do aeroporto, não passei nenhuma dificuldade. A chegada no aeroporto de Toronto foi mais tranquila do que em Guarulhos: passei pela fiscalização dos documentos e me mandaram passar pela imigração. Consegui me comunicar com todos, em inglês, e caso não tivesse conseguido, tinham muitos brasileiros na fila, a maioria na mesma situação que eu: vindo para ficar 6 meses ou mais. Saindo da imigração, fui pegar minhas malas e encontrei novamente a Patrícia, uma outra menina que está vindo estudar em Vancouver, que tem o inglês mais ou menos como o meu e que eu conheci em Guarulhos, embora ela também seja do Rio. Pegando as malas, seguimos para o departamento de conexões e despachamos as malas novamente. Nessa etapa que eu achei que teria mais dificuldade, porém, tem vários funcionários da Air Canadá para nos orientar, inclusive próximo a esteira. Depois disso, foi só entrar na sala de embarque e esperar e, durante essa espera, começou a nevar. Fiquei boba como isso é lindo. Durante essa espera, descobri que o aeroporto de Toronto tem internet grátis e entrei para avisar aos meus pais que eu já estava lá. Consegui falar com alguns amigos, primos e tia também. Como o meu voo não era o mesmo voo que o da Patrícia, ela ficou mais tempo no aeroporto do que eu.
Quando finalmente consegui embarcar, começou a nevar muito forte e isso acabou atrasando um pouco o voo, mas ate que não achei tão ruim assim, pois fiquei olhando como é lindo cair neve do céu... espero que eu consiga ter contato com ela logo. Decolamos de Toronto uns 30 minutos depois do previsto e eu, que estava morrendo de fome, achei que o serviço de bordo também seria gratuito, já que era a mesma companhia aérea, mas dessa vez tínhamos que pagar pelo que quiséssemos comer - a bebida era cortesia. Escolhi um sanduíche de CA$5,00 - o mais barato - e paguei com o cartão do Travelling Money. Me arrependi de não ter comido no aeroporto esperando comida de graça... hahahaha...

Depois de um voo que 5 horas, com céu aberto e muitas belezas naturais lá embaixo, finalmente conseguimos pousar em Vancouver. Pousar em Vancouver é um pouco como pousar no Rio, parece que vamos pousar dentro da água, mas é um pouco mais bonito pousar aqui. Não tinha sol, mas o dia estava claro. Já no aeroporto, peguei minhas malas e fui procurar uma casa de câmbio, pedindo informações à várias pessoas. Todos foram muito pacientes e consegui compreender o que falavam... me virei bem. Depois de trocar o dinheiro, consegui pegar o taxi - custou CAN$40,00 - e chegar em casa. Pude ver um pouco da cidade e do transito da cidade, é tudo muito bonito e os motoristas muito educados. O taxista até deu seta para entrar na minha rua. O transito parece funcionar aqui. As casas parecem casas de filmes, uma é mais bonita que a outra. É tudo apaixonante.

Minha homestay é muito simpática, atenciosa e generosa. Ela é falante e muito bem humorada, ficou apaixonada com a lembrancinha que minha mãe fez para eu trazer pra ela. A casa é bem aconchegante e meu quarto tem espaço suficiente para guardar todas as minhas coisas... ainda estou com dificuldade em entender algumas coisas que ela fala, mas ela está me ajudando bastante. Assim que cheguei, fui tomar um banho, enquanto ela preparava o almoço. O almoço foi frango ao molho de pimentão - eca! rs - e arroz branco. O molho estava muito, muito, muito apimentado. Não comi o pimentão e nem os pedaços de pimenta e cebola que tinham no molho, mas comi o arroz e o frango, e o frango estava realmente ardendo a alma. A pimenta é o tempero preferido dos canadenses! Morri! Hahaha... Durante o almoço, conheci os outros dois estudantes que moram aqui, um é coreano e o outro eu não entendi de onde é, mas fala um pouco de português. Depois do almoço, lavei o meu prato e o prato da Angie - a minha mãe do intercambio. A água que sai da torneira é muito gelada, quase congelante.

Depois do almoço/jantar, fiquei no quarto praticamente o tempo todo e por volta das 17 horas começou a escurecer... com isso, o cansaço foi tomando conta do meu corpo e consegui ficar acordada até às oito pm - por volta de 2 horas da manhã no Brasil. Dormi ouvindo o mp3 do meu "curso" de inglês...

Hoje eu acordei às 7:30 da manhã e não consegui dormir mais. Também pudera, dormi durante quase 12 horas seguidas. Quando eu acordei, ainda estava um pouco escuro aqui e estava chovendo muito. Fiquei arrumando as últimas coisas pelo meu quarto e tive uma surpresa: a Angie recebeu a visita de sua netinha, uma garotinha de uns 4 anos, tão falante quanto a avó. Ela é uma fofa! E eu, que já tenho dificuldade em entender o que crianças pequenas falam, em inglês que não entendo quase nada mesmo... rs Tomamos o Breakfast juntas. No café da manhã comi maça, laranja e orange red, uma laranja vermelha que tem o gosto da laranja comum. Também comi ovo frito com pão de forma e leite com achocolatado. Tinha também iogurte e cereal, mas acabei não comendo.



Bom, por enquanto estou gostando muito, apesar das minhas dificuldades com o idioma e de ainda não estar à vontade em casa, mas daqui a pouco eu fico abusada de novo... rs... é bom ter uma criança em casa, ela é uma fofa!

Beijos no coração e muita saudade...

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Faltam 04 dias... o.0

O meu último final de semana no Brasil passou que eu nem vi... Fiz depilação, unhas, fui ao teatro, fui à missa, fiz bolo de cenoura, lavei roupas, li Martha Medeiros e comecei a separar algumas coisas pra colocar na mala... Mesmo nessa correria, eu custei a me tocar que, em apenas 04 dias - 05, se contarmos o dia da viagem - estarei embarcando para a sonhada Vancouver. E com isso, lógico, eu acabo perdendo o sono...
Mas até que não tenho achado ruim esses meus horários loucos de sono aqui não... o fuso-horário em Vancouver, atualmente - por causa do nosso horário de verão - é de 6 horas a menos que aqui, ou seja, se eu manter esse ritmo, lá conseguirei dormir e acordar cedo sem grandes problemas por causa do fuso horário.

A verdade é que não estou conseguindo me desligar dessa viagem. Faço milhões de pesquisas, mas toda hora me pego pensando se lá tem gelatina, se as frutas de lá são como as daqui (o google diz que não...), se tem bolo de cenoura, de fubá, de milho...
Enfim... estou ansiosa por conhecer a rotina canadense. Principalmente, estou curiosa para conhecer a culinária canadense: será que vou passar tanto aperto pra comer como estão dizendo? Será que vou engordar quilos como acontece com a maioria dos estudantes? Será que conseguirei manter uma rotina de exercícios, dos quais não abro mão? São muitas dúvidas em relação à cultura local, e acho que isso deve ser mais do que normal para quem nunca saiu do Brasil e resolve faze-lo depois de 28 anos de vida e um vocabulário bem limitado para se virar longe de casa, família e amigos. Mas acreditem se quiser, o meu maior medo, no momento, é a minha família canadense não gostar de mim. É besteira, eu sei. Mas eu sou dessas que sofrem por antecipação mesmo!

No fundo, todas essas inseguranças são apenas para disfarçar a saudade que JÁ estou sentindo de casa, dos meus pais, irmão e cachorros... Tenho chorado todos os dias, em momentos nada a ver, mas nem se atrevam a pensar que é porque estou triste: pelo contrário, estou mesmo muito feliz. Mas embora eu tenha morado "sozinha" por quase 10 anos, eu nunca fiquei tanto tempo sem ver meus pais. Ainda não compreendi direito o sentido dessas lágrimas, mas tenho visto o esforço dos meus pais para me ver feliz e isso realmente me emociona: as lágrimas descem sem que eu possa controlar. A única coisa que quero é que tudo dê realmente certo, para que eu possa faze-los felizes. Decepciona-los mais uma vez é uma hipótese que não existe e nem deveria ser citada aqui...

Enfim, amanhã vou ao Rio dar continuidade à minha preparação para a viagem: vou retocar a coloração dos cabelos e me despedir das amigas mais próximas. Na terça-feira tenho que ir à agencia, pegar minha documentação, o endereço da casa onde vou ficar e tirar todas as dúvidas em relação à embarque, hospedagem, bagagem, escola e etc...


Também na terça-feira é a estréia do Fluminense na Libertadores e eu ainda não sei se poderei ir, porque o jogo termina muito tarde e não sei se terei onde dormir de terça pra quarta. Mas eu gostaria muito de poder ir a um jogo do meu time de coração antes de partir, já que, quando eu voltar, provavelmente já seremos campeões da América. Essa fé ninguém me tira!!!



Beijos no coração...

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Como tudo começou...

Oiiiiii...
Acho que chegou a hora de contar como essa ideia de intercambio começou, não é mesmo?

Acontece que eu fiz o curso de comissário e como muitos sabem, o inglês é bem exigido nesse carreira. Eu não lembrava quase nada do meu inglês e, como existem muitas companhias aéreas regionais, resolvi arriscar e fazer o curso mesmo sem ter o idioma, pois assim que eu fosse contratada, faria um curso com professor particular ou até mesmo um curso on line, porque assim teria condições de financiar os cursos que quisesse fazer... Mas apesar disso, eu ficava estudando em casa, assistindo filmes e ouvindo músicas enquanto acompanhava a letra: isso ajuda muito, mas obvio que não é suficiente!

Em junho, logo depois que fui aprovada na prova da ANAC - exame obrigatório para exercer a profissão de aeronauta no Brasil - tive um Encontro de Família, onde pude rever primos que eu não via a anos e dentre eles, um primo que morou por 16 anos nos EUA... Conversando com o Pablo, perguntei sobre cursos de inglês e ele me falou: "O melhor que você faz é estudar fora do Brasil, porque só assim pra você falar inglês 24 horas por dia e não esquecer!", dentre outras dicas que ele me deu... Eu fiquei pensando naquilo, que no início me pareceu muito difícil e assustador e fui amadurecendo a ideia, conversando com meus pais, pesando prós e contras... acabei descobrindo que não tinha "contras"!

Nesse meio tempo, dei logo um jeito de providenciar uma identidade nova, porque a minha já tinha quase 20 anos e para fazer o passaporte é necessário que ela esteja em bom estado. Assim que a minha identidade ficou pronta, corri pra providenciar meu passaporte.

Em setembro, fui a uma feira de intercambio e isso foi decisivo na escolha não só de fazer intercâmbio, mas também de ir para o Canadá, que antes me parecia tão sem graça. Nessa feira, fiquei conhecendo a agencia que está me levando e assisti algumas palestras que me ajudaram muito na escolha, tanto do curso, quanto da cidade e, principalmente, da agencia!

Eu sugiro a todos que tem vontade de fazer intercambio que frequentem essas feiras e ASSISTAM às palestras, todas que forem possível... Eu assisti 4 palestras e pude analisar bem todas as propostas, todas as agencias e todas as escolas, mas já saí de lá sabendo que o meu lugar era o Canadá, mais precisamente, Vancouver!

À partir daí, parti para o passo mais difícil: convencer meus pais e calcular, junto com eles, se eles teriam condições de fazer mais esse investimento - sim, porque um intercâmbio é um investimento no futuro! Nisso, os meses foram passando, porque meus pais não poderiam ser meus responsáveis financeiros (não na teoria!) e eu não tinha coragem de pedir a ninguém e meu desespero aumentando, cheguei a pensar que não iria rolar... Um dia, minha mãe me ligou dizendo que minha tia tinha aceitado ser minha "madrinha" e que meu pai já tinha pago a matrícula, ou seja, agora, era só arrumar a documentação para a solicitação do visto.

O primeiro passo, na verdade, é pagar a matrícula e esperar que a escola envie uma carta de aceitação do aluno, para que essa carta seja anexada junto a documentação para o visto. Também é necessário tirar foto 3x5, e como esse tamanho não é padrão do Brasil, eu tive muita dificuldade em encontrar um lugar que tirasse essa foto. No final, acabei tirando foto 5x5 e cortando. A papelada do visto deu um certo trabalho, eu tive que escrever uma carta explicando porque eu queria estudar fora e, a minha tia, que é minha responsável financeira (repito: apenas na teoria!) também precisou escrever uma carta de custeio e providenciar alguns outros documentos (extratos de conta, xérox do imposto de renda...)... Pra ser sincera, eu nem me lembro de tudo que foi necessário, mas se você tiver um pouco de organização, seu trabalho facilita bastante e o trabalho do pessoal da agencia também...

Enfim, tudo isso valeu a pena porque hoje, depois de mais de 1 mês e de ter feito aqueles exames, tive a resposta e meu visto foi aprovado. Agora é oficial: falta apenas 1 semana!!! E olha que eu ainda não arrumei nada, nem sei o que levar, nem onde vou ficar...

Na segunda-feira tenho uma reunião com o meu agente, para ele me dar as últimas dicas, me entregar o visto e me dar as informações sobre a minha família de lá.

Eu volto para contar tudo antes de embarcar...

Beijos no coração...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Welcome, February!!!

Seja bem vindo, Fevereiro!


O mês tão esperado chegou: agora só faltam 10 dias... pelo menos na teoria, afinal, a passagem está comprada!
Mas estou esperançosa e bem mais calma...

Ontem comecei a ler um livro chamado "O Poder da Gratidão", que comprei na Bienal 2011 e ainda não tinha tido tempo de lê-lo. É engraçado como eu tenho lido livros que parecem ter sido escrito justamente para esses momentos que tenho vivido agora. O Poder da Gratidão nos mostra o quanto as coisas podem ser diferentes se passarmos a olhar para elas por outro prisma.

Um exemplo é como eu me senti quando recebi a notícia de que talvez a viagem tenha que ser adiada em alguns dias... Mas comecei a pensar que Deus nunca me deu nada fácil, mas sempre me deu tudo no tempo certo. Não tenho nada a reclamar com relação a esse intercâmbio, só tenho a agradecer, afinal, estou realizando um sonho! Quantas pessoas gostariam de estar no meu lugar e não tem essa oportunidade?

Eu fiz uma escolha que sei que me fará crescer muito enquanto pessoa e também me acrescentará muito na minha vida profissional, isso é um motivo de agradecimento.
Vou para uma cidade que eu escolhi, ficar muito mais tempo do que pude imaginar inicialmente e isso também é motivo de agradecimento e alegria.

Não há motivos para dramas, certo? Perder tempo com preocupações, angustias e ansiedade só nos causam dor de cabeça e insônia, e melhorar a qualidade do meu sono também consta nas minhas metas para 2012.

Portanto, aqui fica uma dica que acabo de aprender: olhar os problemas por outros ângulos pode nos ajudar a enxergar alegrias que estavam presentes mas não conseguíamos vê-las porque estávamos olhando pro outro lado.

Com essa dica me despeço e repito: seja bem vindo, Fevereiro!