segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sobre Saudade...

Olá pessoal...
Nesse final de semana fui para Minas, visitar minhas avós que eu não via a alguns meses já... foi uma visita de despedida - já que provavelmente não as verei mais antes de viajar. Foi um período curto que pude ficar lá, porque não posso faltar o curso de inglês, mas fiz questão de aproveitar cada segundo ao lado de cada uma delas. E acho que foram esses encontros com parentes que passo bastante tempo sem ver que me deixaram nostálgica no sábado a noite... me peguei pensando em como algumas pessoas nos fazem bem, só por estarem perto de nós, mesmo que estando tão longe... o sorriso do meu primo de 4 anos quando viu minha camisa do Fluminense, o olhar meigo do meu primo adolescente que se parece tanto com o pai quando era mais novo, meu tio que eu não via a mais de 1 ano e que está tão bem... a pequena Maria, que me arrisco a dizer, foi a primeira recém-nascida que eu vi na vida e que me encheu de esperanças de um mundo melhor... isso tudo em apenas dois dias mexeu muito comigo e me peguei pensando em como é a saudade...

Pensei que a saudade pode ter várias formas e variados tipos... pensei em mim, nas minhas relações e em como eu classificaria cada uma dessas saudades...

A primeira saudade em que pensei foi aquela Saudade Óbvia, que a gente sente por pessoas que estão distantes mas com quem mantemos algum contato. Sentimos uma saudade que não precisa de grandes explicações por pessoas que nos fazem bem mesmo a distancia, pessoas que já nos proporcionaram grandes momentos e pessoas com quem vivemos grandes alegrias... Essa é aquela saudade que basta a gente se encontrar com a pessoa, pra tudo voltar a ser como era antes, sem cerimônias ou meias-palavras...

Acabei me lembrando também daquelas pessoas que já nos fizeram muito bem um dia, que também nos proporcionaram grandes alegrias, mas que por algum motivo a vida nos separou... Esses eu classifiquei como Saudade Nostálgica, que é aquela saudade do "foi bom enquanto durou" ou também do "eu era feliz e não sabia". Aqui, eu cito aqueles amigos de escola com quem éramos inseparáveis, mas que hoje não se tem mais tanto contato - e quando tem, fica algo meio formal, como se um tivesse medo de mostrar pro outro mudou, como se isso não fosse a coisa mais normal do mundo...

Perdida em meus pensamentos, encontrei também a saudade que classifiquei como Saudade Acostumada e acho que é aqui que fiquei nesse final de semana. Como saudade acostumada eu encaixaria aquelas pessoas que amamos mas com quem mantemos pouco contato, mas que, quando nos encontramos nos damos conta de como a convivência nos faz falta. Acho que esse é um tipo de saudade que quase nos leva ao arrependimento, por não termos aproveitado mais enquanto estamos juntos...

E finalmente, parecida com a Saudade acostumada, temos aquela saudade que é Eterna... essa não exige grandes explicações. É aquela saudade que sentimos daqueles que se foram cedo demais e que, por mais que a gente tente, não consegue preencher o vazio que nos deixaram... dizem até que a gente se acostuma com esse vazio, que as vezes se transforma em dor... mas quem disse que acostumar-se é bom?

Para mim, bom é viver e viver é basicamente sentir! Sentir saudade pode doer, pode emocionar, pode nos arrancar lágrimas ou ate grandes sorrisos... mas, independente de qual seja a sua saudade, ela lhe tratá lembranças de grandes momentos vividos!



Hoje, quando cheguei em casa, depois de 4 dias viajando e pensando nesse post, entrei no twitter e descobri que no dia 30 de janeiro comemora-se o Dia da Saudade. Acho que nunca acertei tanto sobre o tema de um post... 

Beijos no coração...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Pressa...

Dei uma sumida porque não tenho tido muitas novidades sobre o visto, é burocracia demais e isso tem me deixando muito mais ansiosa...


Hoje dei uma olhada no Rastreamento do Correios e tive certeza de que meus exames chegaram em seu destino, antes do previsto, até... porém, falei com o agente que está responsável pela minha viagem e ele me deu uma má notícia: talvez eu tenha que adiar a viagem e isso, pra mim, é péssimo!!!


Que isso sirva de lição para aquelas pessoas que estão lendo e pretendem fazer intercâmbio: Não deixem nada pra cima da hora, façam tudo com o máximo de antecedencia possível!


O que acontece é que depois que o exame chega em seu destino, eles podem demorar até 15 dias para darem uma resposta pra agencia... estou rezando para que eles se apressem com o meu e, se Deus quiser, tudo dará certo! Mas eu não pude fazer os exames antes porque o meu exame foi pedido na semana do reveillon e eu estava viajando... quando voltei, só pude marcar pra uns 10 dias depois, porque tem exame de urina e esse exame não pode ser feito próximo à semana da sua menstruação e talvez por conta dessa ansiedade, justo nesse mês, minha mentruação atrasou dois dias e acabou atrasando meus exames! É chato, mas ser mulher tem dessas coisas, ne? =\


Mas agora estou torcendo para que tudo aconteça a tempo de não precisar adiar, porque a verdade é que não vejo a hora de estar lá, conhecendo gente nova, estudando o idioma sem ter que falar português quando volto pra casa e conhecendo a maravilhosa Vancouver... Não é que as coisas por aqui estejam ruins... amo meus pais, meus cachorros, amigos e família, claro e obviamente sentirei muita saudade de todos - dos amigos eu já estou morrendo de saudade, já que a maioria está no Rio. Mas eu voltei a ter pressa... quando fiz aniversário, me toquei do quão atrasada eu estou na vida.


 


Tenho pressa de me estabilizar, pressa de aprender coisas novas e principalmente, pressa de poder conseguir o meu principal objetivo: um emprego na minha área. Oportunidades tem surgido muitas, mas não pra mim, por conta do inglês iniciante... é essa a minha pressa, porque cansa passar e vida inteira estudando e não conseguir, sequer, sobreviver com suas próprias pernas! Sei que estou incomodando aqui em casa, por mais que essa casa também seja minha... muita coisa teve que mudar por aqui e às vezes me culpo por isso... 


O que quero dizer com tudo isso, é que não estou com pressa de me separar das pessoas que amo; estou com pressa é de poder andar com as minhas próprias pernas! 


Estou com pressa de encontrar minha paz...

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ansiedade: faltam 21 dias!!!


Oi pessoal...

Faltam 21 dias para meu embarque e eu estou numa ansiedade que não estou me aguentando... Essa semana foi bem bacana, porque consegui me distrair bastante, porque recebemos visitas aqui em casa, pro aniversário do meu pai e por isso dei uma relaxada, mas agora que todos foram embora, o coração voltou a acelerar...

Essa semana também saiu o resultado dos meus exames e graças a Deus, eu estou ótima. Pronta para fazer as malas e embarcar... já foi tudo encaminhado para o consulado e agora eu só tenho que aguardar o pessoal da agência me chamar pra reunião pré-embarque (depois explico direito como funciona isso, porque eu ainda não sei muito bem como é...).

Tenho também uma novidade boa: estou evoluindo no inglês. Já consigo compreender melhor as palavras e traduzir o que foi dito sem precisar de ficar toda hora olhando no dicionário ou perguntando ao professor... também tenho conseguido falar melhor... só o vocabulário que ainda está limitadíssimo, mas isso, creio eu, só melhora quando eu já estiver lá, certo? Espero que sim... Mas uma coisa que tenho reparado, é que eu saio do curso pensando em inglês e outro dia soltei um "Hi" quando fui falar com um conhecido que passou por mim na rua... depois fiquei rindo sozinha... hahahaha...

No mais, não tenho feito nada a não ser sonhar com o dia em que chegarei lá... sonho enquanto estou caminhando, imagino situações quando estou em casa, converso com meus cachorros, penso na família que me receberá, nas pessoas que conhecerei, na escola... ansiedade tá comandando tudo por aqui... tanto que nesses últimos dias não consegui avançar na leitura, parte por conta das visitas, parte por conta da ansiedade...

Também estive um pouco revoltada com algumas opiniões um tanto retrógradas que tenho lido no meu twitter e também no facebook... a sociedade é muito machista e as pessoas muito falso-moralistas, isso tem feito com que eu me sinta um pouco fora do mundo (na verdade, já faz alguns anos que sinto assim...) e tenho refletido MUITO em relação à milhões de coisas sobre mim, sobre meus amigos e sobre o mundo... Fatos que ocorreram e talvez eu tenha sido um pouco inocente de acreditar em quem não devia... coisas do passado, que eu não deveria ficar remoendo, mas que se tornou inevitável. Acho que só podemos entender melhor uma situação quando nos afastamos dela e agora eu tenho compreendido muita coisa que, talvez se eu não tivesse sido tão "inocente" (não sei dizer exatamente se é essa a palavra...), tivesse me evitado muito sofrimento, muitas lágrimas e problemas... Mas por outro lado, penso que se não tivesse sido assim, talvez eu não estivesse aqui hoje, escrevendo um blog sobre um intercâmbio que eu vou fazer. Talvez eu nunca teria descoberto essa vontade de conhecer uma cultura nova, um pais novo, pessoas com pensamentos diferentes dos que tenho visto por aqui...

Eu custei, mas percebi que o mundo é muito maior do que parece e, se não me sinto em casa aqui, tenho mais é que procurar encontrar minha paz, esteja ela aonde estiver...

Porque desistir de ser feliz não é comigo!

Beijos no coração...

sábado, 14 de janeiro de 2012

Inglês...

 Oi pessoal...
Hoje comecei as aulas de pronúncia no curso de inglês e o bicho pegou. Fico impressionada como os ingleses falam rápido e é bem difícil acompanhar, mas no final da aula eu já estava acompanhando melhor.
Acho que o importante nesse momento, não é tentar falar tão rápido quanto eles falam, mas entender o que está sendo dito e focar na pronúncia correta das palavras. Acho que se tentarmos falar tão rápido quanto eles falam, acabamos não pronunciando as palavras corretamente e perdendo o entendimento da frase. Espero não estar errada, pois estou focando nisso.
Tenho reparado que quando saio do curso, já saio pensando em inglês, a ponto de confundir "oi" e "hi". Talvez isso seja bom...
Essa semana também recebi o livro e Cds que comprei para levar e estudar em casa. Ainda não ouvi os Cds, porque estou meio preguiçosa essa semana, a viagem ao Rio para os exames me esgotou um pouco, mas à partir de segunda, pretendo levar uma vida regrada, com horários certos para estudar em casa e no curso.

Por hoje é só... prometo que logo eu conto como tudo isso começou!
Beijos no coração...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Falta menos de um mês!!!

Olá pessoal!
Estou reinaugurando meu blog, nesse que tem tudo para ser o melhor ano de nossas vidas!
Novo layout, novo endereço e um novo nome, à princípio provisório: sugestões??? =D

Como todos já devem ter percebido, estou partindo para um intercâmbio. Muito ansiosa, tenho mergulhado nos livros para não pirar! Também tenho estudado muito, porque não quero chegar lá boiando no inglês! Me matriculei em um curso aqui em Terê e tenho pesquisado muito em sites de tradução e textos em inglês.

Hoje estive no Rio, para fazer os exames que o consulado canadense pediu. Confesso que estou aliviada, foi muito mais simples do que eu imaginava.
Quando cheguei à clínica, preenchi uma ficha cadastral que eles pediram, e entreguei toda a documentação - carta do consulado canadense com o pedido de exame, quatro fotos 5x5, xérox do RG - e imediatamente fui fazer o Raio X. Logo depois, fui tirar sangue e fazer o exame de urina. Depois disso, foi a vez da consulta com o médico e foi o que mais me surpreendeu: super rápido e tranquilinho. Ele perguntou se tenho tatuagem - não entendi, porque acho que não interfere, assim espero -, tirou minha pressão, ouviu batimentos e me liberou. Simples assim.

Os exames ficam prontos em 1 semana e agora só tenho que aguardar. Enquanto isso, continuarei devorando livros, dicionários, estudando e claro, malhando muito, para relaxar e para não chegar tão gordinha no lado frio do mundo.

Muito ansiosa por neve!!!
Aguardem novas notícias, logo, logo...
Beijos no coração...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Adeus Ano Velho...


Hoje é o penúltimo dia do ano e muito se fala sobre retrospectivas e expectativas pessoais... a maioria das pessoas fazem um balanço do que foi bom, do que foi ruim e de como querem que seja o próximo ano, sem se lembrarem que todo ano é assim e que todo ano eles fazem mil promessas que não são coladas em prática.
Normal! Afinal, tudo é muito mais difícil na prática. Difícil, não impossível!
Acontece que 90% das promessas de ano novo são situações sobre as quais não temos poder de realizar ou pelo menos, não dependem somente de nós...
É claro que todos querem paz no coração, um amor que nos faça feliz, levar um vida muito mais saudável... tudo bem, nada disso é impossível. Mas infelizmente, nem sempre podemos alcançar objetivos pensando somente em nós mesmos.
O primeiro passo para um ano verdadeiramente novo está em nós, sim, eu concordo: devemos querer mudar. Mas vale lembrar, não se chega em lugar nenhum com um único passo. Assim como o ano, que possui 365 dias, temos que caminhar por um caminho que nos leve aos acertos, mas sem desprezar os erros e as pessoas que passam por nós.

Para mim, 2011 foi um ano transformardor: novos amigos, novas perspectivas, novas ideias e, acho que o mais importante, ATITUDES mais maduras em todos os setores.
Muitos valores bobos ficaram pra trás. Muitas pessoas e conversas fizeram a diferença. Minhas consultas na psicóloga esse ano foram muito produtivas e acho que finalmente dei um basta na depressão. Maturidade. 2011 foi um ano maduro: atitudes pensadas e responsáveis, sem abrir mão da diversão e da companhia dos grandes amigos.
Tive perdas que me fizeram chorar, brigas que me deixaram com raiva e motivos para mudar de estrada. Alguns dizem até que abri mão de um sonho... mas aprendi a enxugar as lágrimas, esquecer a mágoa e mudar o passo. Pra mim, minha vida nunca esteve tão bem e não tropeço mais em qualquer pedrinha: aprendi a escalar as montanhas que a vida coloca em meu caminho.

Nesse novo ano, quero que tudo seja contínuo. Mais amor, mais liberdade, mais maturidade, mais amigos, mais ideias, mais responsabilidade, mais trabalho e muito mais diversão. Quero que 2012 seja, literalmente, a continuação de tudo que me aconteceu em 2011. Não precisa vir nada novo, a não ser que seja para melhorar o que já está bom... Se eu tiver que chorar, que seja de alegria. Se tiver que brigar, que seja por uma causa justa. Se tiver que criar laços, que seja com pessoas do bem. Confio no que Deus está guardando pra mim e sei que esse ano serei ainda mais feliz...

Feliz Ano Novo para todos nós...

sábado, 3 de dezembro de 2011

Saudade Dói

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua,
dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.

Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade de um filho que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.

Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor,
Ou quando alguém ou algo não deixa que esse amor siga,
Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada;
se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial;
se ela aprendeu a estacionar entre dois carros;
se ele continua preferindo Malzebier;
se ela continua preferindo suco;
se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados;
se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor;
se ele continua cantando tão bem;
se ela continua detestando o MC Donald's;
se ele continua amando;
se ela continua a chorar até nas comédias.

Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;
não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer;

Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você,
provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...





segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Desencontros do coração...

Encontra-se perdida em pensamentos pra lá de estranhos... não sabia bem se era intuição ou medo. Não sabia sequer se era real...
Mas eram os pensamentos que aceleravam seus batimentos cardíacos, arrepiava os poros e pelos de todo seu corpo e deixava seus pernas com aquele tremor que ela sabia bem que só sentia em momentos de tensão...
Sentia-se como uma peça mal encaixada em um quebra-cabeça de difícil resolução. Sabia bem o que queria - sempre soubera. Mas agora lutava contra os desejos do seu coração ao mesmo tempo em que tentava realiza-los. Sabia que não podia... não agora, não dessa forma... estava sendo egoísta, mas não queria mais sentir-se como uma coadjuvante sem falas e sem vontades próprias. Ela sabia que merecia mais, muito mais, do que ele pudera lhe dar até aqui. Mas seu amor era tão imenso que ela ainda insistia em tentar conquista-lo, sem perceber que nesse momento, ele só estava lutando pelo seu bem - talvez até, pensando mais nela do que ela mesma.
Era difícil conviver com sua ausência - embora não impossível. Ela queria muito aproveitar seus últimos momentos juntos, com aquela alegria que sempre reinava quando se encontravam, mas em seus últimos encontros estivera mais emotiva do que o normal, deixando as lágrimas caírem e estragarem tudo... talvez por não ter certeza se faria falta pra ele, talvez por medo que uma história tão linda terminasse sem um final feliz...
Mas ela não podia mais voltar atrás: queria ir embora. Precisava disso para sobreviver, precisava explorar novas histórias, buscar novos caminhos, encontrar novos rumos, modificar seu destino e tentar o impossível.
Ela sabia que ainda pensaria nele por um longo tempo e que esse amor estava longe de acabar, mas precisava se distanciar da vida para viver novamente. Mais do que uma fuga, ela acreditava na força dos seus pensamentos: isso mudaria sua vida para sempre. Pela primeira vez, não pensava em abrir mão de nada por amor, porque agora sabia: o amor sobreviverá ao tempo e à distancia, se for real entre os dois.
Finalmente entendera que não precisava desafiar o destino para ser feliz: ele se encarregaria de colocar as coisas no lugar.
Seguiriam caminhos opostos porque, mais do que nunca, esse amor merecia uma chance real de, um dia, faze-los feliz por completo.
E faria...

sábado, 29 de outubro de 2011

Há muito ela vinha dando sinais de cansaço e insatisfação... mas agora ficara insustentável.
Ele não entendia os sinais, não fazia questão de ouvir as palavras, apenas ía e vinha sem se preocupar com sentimentos...
Sentimentos...
Para ela, isso pesava. Para ele, não.
Estava cansada de ser apenas uma parte, queria ser inteira.
Precisava ser reconquistada, cansara de doar-se sem nada receber em troca.
Sentia que precisava ser amada para deixar que o amor falasse mais alto novamente.
Sentia-se vazia... mas não sentia-se livre.
Aprendera a conviver com a saudade, mas não acostumara-se com o vazio de uma relação limitada.
Já não implorava mais por carinho, mas lágrimas caiam, fora de controle...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Eu tenho tanto a dizer
São muitas palavras presas na alma
Tento escrever, mas me sinto acorrentada...
Em momentos assim, só um abraço liberta!
Cadê?