segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Desencontros do coração...

Encontra-se perdida em pensamentos pra lá de estranhos... não sabia bem se era intuição ou medo. Não sabia sequer se era real...
Mas eram os pensamentos que aceleravam seus batimentos cardíacos, arrepiava os poros e pelos de todo seu corpo e deixava seus pernas com aquele tremor que ela sabia bem que só sentia em momentos de tensão...
Sentia-se como uma peça mal encaixada em um quebra-cabeça de difícil resolução. Sabia bem o que queria - sempre soubera. Mas agora lutava contra os desejos do seu coração ao mesmo tempo em que tentava realiza-los. Sabia que não podia... não agora, não dessa forma... estava sendo egoísta, mas não queria mais sentir-se como uma coadjuvante sem falas e sem vontades próprias. Ela sabia que merecia mais, muito mais, do que ele pudera lhe dar até aqui. Mas seu amor era tão imenso que ela ainda insistia em tentar conquista-lo, sem perceber que nesse momento, ele só estava lutando pelo seu bem - talvez até, pensando mais nela do que ela mesma.
Era difícil conviver com sua ausência - embora não impossível. Ela queria muito aproveitar seus últimos momentos juntos, com aquela alegria que sempre reinava quando se encontravam, mas em seus últimos encontros estivera mais emotiva do que o normal, deixando as lágrimas caírem e estragarem tudo... talvez por não ter certeza se faria falta pra ele, talvez por medo que uma história tão linda terminasse sem um final feliz...
Mas ela não podia mais voltar atrás: queria ir embora. Precisava disso para sobreviver, precisava explorar novas histórias, buscar novos caminhos, encontrar novos rumos, modificar seu destino e tentar o impossível.
Ela sabia que ainda pensaria nele por um longo tempo e que esse amor estava longe de acabar, mas precisava se distanciar da vida para viver novamente. Mais do que uma fuga, ela acreditava na força dos seus pensamentos: isso mudaria sua vida para sempre. Pela primeira vez, não pensava em abrir mão de nada por amor, porque agora sabia: o amor sobreviverá ao tempo e à distancia, se for real entre os dois.
Finalmente entendera que não precisava desafiar o destino para ser feliz: ele se encarregaria de colocar as coisas no lugar.
Seguiriam caminhos opostos porque, mais do que nunca, esse amor merecia uma chance real de, um dia, faze-los feliz por completo.
E faria...

sábado, 29 de outubro de 2011

Há muito ela vinha dando sinais de cansaço e insatisfação... mas agora ficara insustentável.
Ele não entendia os sinais, não fazia questão de ouvir as palavras, apenas ía e vinha sem se preocupar com sentimentos...
Sentimentos...
Para ela, isso pesava. Para ele, não.
Estava cansada de ser apenas uma parte, queria ser inteira.
Precisava ser reconquistada, cansara de doar-se sem nada receber em troca.
Sentia que precisava ser amada para deixar que o amor falasse mais alto novamente.
Sentia-se vazia... mas não sentia-se livre.
Aprendera a conviver com a saudade, mas não acostumara-se com o vazio de uma relação limitada.
Já não implorava mais por carinho, mas lágrimas caiam, fora de controle...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Eu tenho tanto a dizer
São muitas palavras presas na alma
Tento escrever, mas me sinto acorrentada...
Em momentos assim, só um abraço liberta!
Cadê?


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Esperança

"Olhou-se no espelho sentindo-se bem "acabada" para sua idade, muito mais do que realmente era. Pensou em seu passado e em tudo que gostaria de ter feito diferente... Chorou... Dez anos se passaram! Será que ainda haveria a chance de recuperar o tempo perdido? Estudar, trabalhar... recomeçar era tudo que ela queria... ela sentia que precisava daquilo. Mas como? Não seria meio tarde para viver aquilo que deveria ter vivido no final de sua adolescência?

Não tinha nada que a prendia na cidade: já terminara a faculdade, não fazia nenhum curso, não conseguia trabalhos na sua área e nem queria uma "sobrevida" no comércio... Não tinha filhos, marido, namorado e constantemente sentia-se só... Nunca tivera uma vida social invejável e, apesar de tantos amigos maravilhosos, não fazia parte de nenhum "grupo de amizade". Sustentava-se de sonhos, mas era sustentada pelos pais.

Naquele momento, diante do espelho, sentiu como se já tivesse vivido tudo que tivera pra viver. Sentia uma necessidade angustiada de experimentar novas sensações, mas isso nada tinha a ver com drogas. Ela era muito careta pra essas coisas. Necessitava de realidade, vivera muito tempo presa na ficção dos seus sonhos.

Algo dentro dela clamava por liberdade, sua alma estava presa a algo que não existia, precisava sair, se libertar. Sentia um aperto dentro do peito, sufocada pela vida que levara até aqui e pela imensa vontade de mudar. Mas não sabia como fazer isso...

Tinha medo... um medo infiel e desleal. Um medo que envolvia as pessoas que mais amava nesse mundo. Sentia-se traída por seus próprios sentimentos... chorava cada vez mais, desesperadamente... parou de pensar e afogou-se em lágrimas, sentindo vergonha de olhar-se no espelho. Chorava e soluçava... como um bebê que quer alguma coisa, mas não sabe como dizer.

Era isso! Parou de chorar.

Ela sabia perfeitamente o que queria, sempre soubera. Ligou a torneira e deixou a água cair sobre as mãos juntas em concha. Olhava-se fixamente no espelho. Trazia as mãos ao rosto, deixando a água escorrer por todo o rosto, pescoço e colo, repetidas vezes. Desligou a torneira, respirou fundo e pegou a toalha, trazendo-a ao rosto. Sentindo-se aconchegada, fechou os olhos e permitiu-se sonhar mais uma vez.

Naquele momento percebeu que não precisava abandonar seus sonhos para viver a realidade. Sua necessidade era de vida, e o que é a vida sem sonhos, afinal?!

Tinha muito amor dentro de si, amava muito aos outros: amigos, amores, familiares... mas precisava amar-se mais. "Permita-se!", ela se repetia em silêncio. Percebera então que ao se permitir, as coisas começariam a acontecer. Um passo de cada vez, tudo ao seu tempo...

Pensou nas pessoas que amava. Sentiu vontade de abraçar cada uma dessas pessoas. Sorriu, com brilho nos olhos. Foi dormir sentindo-se aliviada.

Aquela seria uma noite de lindos sonhos, ninguém poderia ter dúvidas."


Belos sonhos...

domingo, 18 de setembro de 2011

Controle de Qualidade

Temporariamente Possuída pelo Monstro: O que eu quero ser quando crescer: Wagner Moura: Estava pensando no que ia escrever para expressar o que sinto, porque tudo ainda está muito difuso na minha cabeça.


Indico esse post do blog da Martha Dias, porque é mais ou menos isso aí que tento dizer diariamente, mas não consigo...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

LUTO

Ozzy, você deixou um buraco em nossos corações.
Tenho certeza que você foi muito feliz em nossa casa, porque você foi muito amado desde o primeiro momento em que te vimos.
Obrigada por todas as alegrias que nos proporcionou.
Obrigada por fazer companhia ao meu pai na hora de ouvir O Clube do Rei, obrigada por ouvir as canções de ninar que minha mãe cantava pra te fazer dormir, obrigada por sempre receber o Lian com alegria, obrigada por ter sido um irmão para o Bud e por ter acolhido o Ubaldo.
Obrigada pelos seus abraços, pelas suas lambidas, pelas suas mordidas e pela sua companhia em nossos churrascos.
Obrigada por ter roubado aquela minha caixa de BIS.
Mas principalmente, obrigada por ter nos ensinado um pouquinho do é AMOR INCONDICIONAL.
A vida ficará vazia sem você!

=(

"Silêncio, ele está dormindo, vejam como é lindo..."

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Prazer e Dor...

"Prazer e Dor... Não são opostos.
São vizinhos separados por uma fração de segundos!
Em menos de um minuto as coisas podem sair do seu controle... Como se tentasse escalar a mais alta montanha, tentando chegar ao topo do mundo.
No jogo da vida,você nunca sabe, luta por anos pela sua glória pessoal, mas tem uma voz na sua cabeça que insiste em perguntar:
"Quem é você?"
"Qual seu melhor?"
E quando a batalha começa você cai!
Perde pra si mesmo. Não é o seu dia... Tentou o seu melhor, mas não era realmente o seu melhor.
Então você pode ir para casa com o coração partido, ou levantar a cabeça, ficar mais esperto, mais maduro, bem preparado como nunca esteve antes.
Haverá um novo dia, uma nova batalha, um novo você!
As suas limitações viraram história e a pressão não te intimida mais.
Você esta pronto pra levar os melhores golpes da vida, e ainda continua de pé?
Eu não posso responder isso, só você pode!
Você quer ser o melhor?
Está disposto a encarar qualquer batalha por isso?
Então você é um desafiante!"

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Reticências...

"Eu acho que não sei fechar ciclos, colocar pontos finais. Comigo são sempre vírgulas, aspas, reticências." (Caio Fernando Abreu)


Essa frase do Caio F resume bem o que eu sinto...
Pra mim, é sempre tão difícil acabar alguma coisa. Emendei um curso no outro pra não sair da faculdade e quando terminei os dois, inventei um curso profissionalizante pra fazer, em outra área, nada a ver com a anterior, mas não dei ponto final em nada ainda... Nos relacionamentos, ponto final mesmo, só quando chego no meu limite de desgaste físico e emocional... e isso leva é tempo!
Até pra escrever, eu sempre prefiro a reticências ao ponto final... gosto de deixar alguma coisa no ar!
Gosto de imaginar o que as pessoas pensam quando "me lêem"... mesmo sabendo que reticências pode significar medo!
É medo! Eu acho que tenho medo do novo! Medo do "nunca mais o passado", medo do que posso me tornar sem as "muletas" que a vida me deu, medo da solidão, principalmente. Não aquela solidão de estar sozinha em casa escrevendo no twitter e no facebook por não ter com quem conversar coisas banais do dia-a-dia - essa já faz parte da minha vida. Falo de um medo maior... um medo ficar sozinha pra sempre (porque pra sempre é muito tempo, eu acho.), medo de magoar alguém que amo, medo de fracassar novamente... medo de não ter com quem contar nesses momentos em que o vazio toma conta de mim. Tenho medo desse vazio! O que a gente faz quando o vazio é maior que qualquer prazer? Tá difícil viver de sonho ultimamente! Quero acordar, realizar, viver! Quero perder esse medo de enfrentar o novo... Quero me realizar em algo novamente, me sentir viva, alegre, serena... Quero dormir e acordar em paz, sem ter medo do que pode acontecer nos próximos capítulos... Quero tirar essa armadura e poder voltar a ser quem eu sou de verdade! Preciso de um novo parágrafo, um novo capítulo, um novo ato... e preciso já!